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Foto do escritorJuliana Martinelli

Um pouco de história

Você já parou para imaginar como surgiu a ideia de usar impressão 3D para construir casas?


Ilustração do processo de Contour Crafting

O conceito de automação dos processos operacionais da indústria existem há mais de um século. A indústria automotiva foi umas das pioneiras, quando a Ford introduziu sua linha de montagem, ainda em 1913, reduzindo de 12h para 1h30 o tempo de fabricaçoã de um carro.


Em 1930 os japoneses dominavam as tecnologias envolvidas nos processos automatizados, mas foi só depois da Segunda Guerra Mundial, onde houve uma drástica mudança de mindset, que o país começou a pensar na competitividade independente de sua indústria local.

Linha de montagem de uma indústria automotiva

O foco da automação industrial era aumentar o lucro, reduzindo recursos (tempo, pessoas, matéria-prima) para fabricação em escala. A lógica e os processos só eram válidos para elementos repetitivos, projetando resultados exponenciais para a indústria de manufatura.


Em 1950 esse conceito chegou à indústria da construção, onde robôs japoneses depositavam blocos e tijolos. Depois vieram as bombas de concreto e as espumas de isocianato. Foi também no Japão que se iniciaram as construções pré-fabricadas, com uso de formas (moldadas), entre 1980 e 1990.


A evolução não demorou muito para chegar ao mundo ocidental, e em 1995, o Dr Behrohk Khoshnevis, da Universidade do Sul da Califórnia, iniciou suas pesquisas sobre um novo processo de extrusão cerâmica com modelamento, que viria a ser chamado de Contour Crafting, a primeira técnica de impressão 3D de uma pasta cimentícia de secagem rápida.


Boatos sobre a tecnologia começaram a se espalhar pelas grandes potências desenvolvedoras de tecnologia: EUA, Europa e China. Em 2003 Rupert Soar conseguiu investimento para formar um grupo de pesquisa para construções "livre de formas" na Universidade de Loughborough, no Reino Unido. Em 2005 eles construíram a primeira impressora 3D de larga escala, que demorou 3 anos para conseguir imprimir cimento. No meio tempo, na Itália, Enrico Dini patenteou uma nova técnica de impressão de cimento, a D-Shape, que foi explicada nesse artigo do nosso Blog.


No entanto, apesar de já existir há quase 30 anos, foi em 2014 que a tecnologia saiu das misteriosas pesquisas universitários e conquistou os holofotes. A empresa chinesa, WinSun, alcançou o mundo com a notícia de que havia construído, ou melhor dizendo - IMPRESSO, 10 casas emergenciais em um único dia.


O impacto da notícia foi tão grande que deu início a uma grande corrida tecnológica, para construir a primeira casa, o primeiro prédio, ter a primeira família habitando uma casa impressa em 3D, ter o primeiro prédio comercial em operação, e assim por diante.

Alya130 imprimindo ao vivo na Olimpíada do Conhecimento 2018

Foi também essa notícia que nos inspirou a criar uma tecnologia nacional de automação da construção, que pudesse atender as principais dores de uma indústria que tem seu próprio ritmo de crescimento e inovação.


Em 2015 fundamos a InovaHouse3D e em 2017 finalizamos a nossa primeira máquina, a Alya100, considerada a primeira impressora 3D de cimento da América Latina.


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